O Banco do Brasil é um Banco. E, como tal, têm por finalidade a captação de recurso através da comercialização de produtos finaceiros e a cessão de empréstimo mediante condições que lhe sejam rentáveis. Enquanto banco, empresa, o Banco do Brasil deve prestar contas de sua atuação a sociedade, e atender às expectativas de seus acionistas.
A especificidade do BB está em seu acionista majoritário. O Governo Federal, seguido a grande distância pela PREVI, portanto, pelos seus fucionários. O Tesouro Nacional, detentor de 70% das ações do Banco do Brasil, possui o direito de interferir na direção do banco, caso entenda que este contraria seus interesses, estando estes interesses de acordo com os dos demais acionistas e dos clientes do Banco.
O presidente do Banco do Brasil foi destituído de sua função. Antonio Francisco de Lima Neto assumiu a presidêcia do BB em 2006, e permaneceu em um ciclo de bons desempenhos, com crescimento orgânico e recentemente crescendo através de aquisições de outras instituições. Sua gestão foi marcada pelo fortalecimento da empresa, da marca e da presença de mercado do BB; que teve como missão nesse período se tornar um banco líder e competitivo.
A substituição de Lima Neto foi explicada por Guido Mantega, Ministro da Fazenda, como motivada pelas queixas do presidente Lula quanto a manutenção das altas taxas de juros e do spreed bancário (no glossário simplificado da grande imprenssa: diferença entre custo e captação e o lucro nos empréstimos) em momento de crise financeira internacional.
Mas a imprenssa e o mercado (vide oscilação na BOVESPA pós-demissão) não aceitaram a justificativa como muito convincente.
Eu também não. O Banco do Brasil possui técnicos qualificados, pessoal preparado e reduziu sim suas taxas de juros, mas sempre com prudência; redução não acompanhada pelos bancos privados, mas que poderia ser maior. Nada que abalasse tanto o governo. Penso que há outras motivações, nada oportunas ao demais acionistas do BB. Fala-se no encobrimento de operações irregulares, não creio. No possível enfraquecimento do BB frente ao BNDS, que iriam estar disputando presença internacional esse ano, acho difícil. Talvez mais um loteamento político, o que dúvido (o BB tem consguido se mânter quase imune a isso, apesar do PMDB e de Sarney). Interesse voltado às eleiçoes de 2010? Pode ser... mas sendo assim, seria realmente preciso uma demissão tão controversa? Veremos o que o BB nos apresentará nos próximos meses.
10 de abril de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Os textos publicados neste Blog são de responsabilidade dos seus respectivos autores.
CopyLeft
Este blog permite a reprodução de seu conteúdo desde que citados fontes e autores. No entanto, não permitimos a reprodução total ou parcial do conteúdo deste blog por políticos em seus programas eleitorais, salvo quando autorizado por escrito pelo respectivo autor da mensegem ou pelo(s) respectivo(s) autor(es) dos comentários.
Nenhum comentário:
Postar um comentário