Se o assunto é a irritação do Presidente Lula com os altos juros praticados no Brasil, quero citar o presidente do Bacen, ou melhor, um estudo realizdo pelo ex-presidente do Bacen Gustavo Franco. Não quero falar de cálculos e números, prefiro poesia, crônicas e literatura.
Gustavo Franco publicou interessantes trabalhos sobre a perspetiva econômica de grandes nomes da nossa literatura, Pessoa e Machado. Em a "Economia em Machado de Assis" Franco analisa crônicas cotidianas do Bruxo, e em diversos textos o hoje bicentenário banco aparece como assunto do dia. São situações nas quais o Banco do Brasil, agindo como ente público, quase como instituição de caridade, paga dividendos aos seus acionistas, isso sem apresentar lucro. O banco do governo simplesmente paga seus acionistas atendendo às ordens do Imperador. Enfim, o banco nem parece banco, nem parece empresa, nem parece que viria a completar 200 anos, embora com algumas falências no longo caminho. Machado não concorda com isso. Quem concordaria? O banco perde dinheiro, o governo injeta recursos.
O Banco é um banco, e deve ser capaz de produzir lucros, de ser rentável e de se sustentar. Sim, hoje, o BB deve iniciar uma política de valorização dos funcionários, de expansão do crédito de forma responsável, de redução do spreed. Mas com prudência, para que o Estado não acabe por pagar a conta.
Um Banco do Brasil forte, é um Brasil forte, é fortalecer os brasileiros.
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