O governo parece estar meio perdido nessa questão. A entrada em cena do ministro Hélio Costa pareceu tudo menos algo planejado. Após as eleições o PT passou a considerar estratégico traçar uma política para área de comunicação no Brasil. Levando em conta inclusive a chegada da TV Digital para nosso país. Mas o que parecia estar sendo traçado pelo Palácio do Planalto - por assessores bem próximos a Lula como Luiz Dulci - era um projeto de Televisão Pública. Ou seja, não seria uma TV do poder executivo, mas uma TV da sociedade, que receberia determinada quantia por ano e não teria intervenções do governo federal, tendo total autonomia para trabalhar. Assim funciona a BBC, por exemplo. Uma TV pública seria uma opção interessante para contrabalancera o monopólio das organizações Globo. Afinal poderia construir uma agenda alternativa para as discussões políticas no Brasil, hoje pautadas pela rede mencionada.
Já uma TV Estatal é uma TV que está totalmente atrelada ao poder Executivo, mostra suas realizações, e ocupa um espaço diferente daquele proposto por uma TV pública. Seria quase como uma TV Câmara, TV Senado ou TV Justiça. Não ajudaria a construir um espaço alternativo dentro da comunicação no Brasil.
É bom que o governo unifique logo seu discurso e seu projeto. Afinal, propostas como essa devem sair logo no início de governo, quando a oposição ainda está abalada pelas eleições e a sociedade está em lul de mel com o presidente eleito.
16 de março de 2007
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